quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Símbolo de vida


Esse pequeno botão de rosa singelo e frágil foi e é capaz de resistir às diversidades. Assim é nossa vida. Meses atrás esse pezinho de rosa era um vaso cheio de rosetas. Com o passar dos dias as rosas murcharam, suas folhas secaram, restando somente pequenos gravetos. Obviamente, foi desprezada. Não havia mais beleza, nem encanto. Entretanto, suas raízes estavam lá, firmes, se alimentando da brisa, da água da chuva, dos raios solares e da natural necessidade de florescer. Foi então, que num desses dias que você está em casa e quer se dedicar as sua casa, seu quintal, suas plantas, que eu me surpreendi. Surpreendi-me com as folhas verdinhas e esse pequeno botão. Resolvi fazer uma homenagem a essa pequenina, pois, observando-a refleti sobre nossa breve existência aqui na terra e o quanto devemos cultivar, adubar nossos sentimentos diante da vida. Vida esta, que as vezes nos deixa murchos, sem vontade de viver, que as vezes nos secamos por dentro com mágoas e coisas insignificantes. Mas, a natureza é tão esplendorosa que nos rega com o amor, com a simplicidade, com a amizade, com as coisas puras que encontramos em outros seres que igualmente a nós sente a necessidade de viver e de ser feliz. Por isso minha rozita querida, e aos meus amigos eu os homenageio hoje. Reconheço que feliz e grata estou por viver e ter amigos.


MENSAGEM DO DIA

"Não quero que minha casa seja cercada por muros de todos os lados e que as minhas janelas estejam tapadas. Quero que as culturas de todos os povos andem pela minha casa com o máximo de liberdade." MAHATMA GANDHI

EM TEU VENTRE



Em teu ventre senti frio 
Também ausencia de amor 
Já pressentia que o destino 
Rondava-me ameaçador. 

Em teu ventre senti medo 
Chorava sem apelo
A tua tristeza transmitia 
Angustia e desespero. 

Arrancaram-me do teu ventre 
Sem carinho e compaixão 
Naõ me afegaste, não me embalaste 
Nem se quer viste 
Minha face 
Angelical e inocente 
Um adeus foi naquele momento
Em que sai do teu ventre .

Fui crescendo 
E a pergunta me atormentando 
Sobre as diferenças percebidas 
Todos eram alguém. Eu, a cria. 
Sentia-me inferior 
Mas ninguém explicava 
O que estava acontecendo 
A dúvida me atormentava.

Cresci.
As dúvidas foram esclarecidas 
Hoje só me restou 
Perdoar o abandono e a dor 
Enfrentando o mundo sem rancor 
No entanto, sou grata pela pessoa 
Que apesar de tudo deu-me a vida 
O passado deixo de lado 
O presente é uma conquista.

Sei que o futuro terá 
Muito mais a explicar 
A importancia que minha vida tem 
No hoje, no ontem 
Aqui, ou em qualquer lugar 
Porque sou filha do mesmo Deus
Que está sempre a nos olhar. 

Eloisia Cristina Serafim